Bem, é certeza que o rock como era originalmente é hoje peça de museu, mantido em formol na cabeça de alguns poucos saudosistas, assim como eu, o rock cresceu. Muito, aliás. Demais até. Tal como um câncer de células embrionárias, acabou crescendo além da conta e tomando as mais bizarras formas imagináveis. Dos primórdios, com Chuck Berry, até a situação atual, que engloba vertentes das mais diferentes, de Belle and Sebastian a Sepultura, tudo mudou. Mudaram os artistas, mudou a audiência e, principalmente, mudou o mercado e as condições de comercialização desse tipo de música.O rock and roll tem suas origens no blues norte-americano, música predominantemente negra em suas raízes, e acaba surgindo no pós-guerra, na transição dos anos 40 para 50. Nada mais lógico que um ritmo mais alegre (sim, rock já foi sinônimo de alegria).
Nesse momento, ocorre também a associação do principal expoente da chamada pop art norte americana, Andy Warhol, a cantora Nico e o músico experimental Lou Reed, gerando algo que nunca havia sido visto antes o Velvet Underground. Pioneiro de um novo som, um fracasso comercial, mas que em última análise nos trouxe Sonic Youth e Beck. Há uma frase célebre sobre a banda que diz "apenas uma centena de pessoas compraram o primeiro disco do Velvet. Mas cada uma delas montou uma banda de Rock and Roll". Algum tempo depois John Lennon, babando pela artista plástica Yoko Ono, seguiria o mesmo caminho com sua Plastic Ono Band. O Talking Heads também bebeu do experimentalismo velvetiano.
Na seqüência, uma segunda onda britânica gerou fenômenos como o proto-heavy metal de Led Zeppelin e Black Sabbath e a progressividade quimioturbinada do Pink Floyd.
Também havia o "rock sinfônico" do Deep Purple, que avançou com todos os talheres nas vísceras do rock depois de se apresentar em 1969 com a Royal Philarmonic Orchestra com seu "Concerto for Group and Orchestra" —uma partitura escrita com cuidado numa parceria entre o tecladista Jon Lord e o maestro Malcolm Arnold, fundindo as linguagens clássica e elétrica para um duelo de titãs.
Ao mesmo tempo o underground musical, que se alimentava das cinzas de Hendrix e Janis Joplin, começa a dar sinais de vida com o estouro do movimento punk, também surgido na Inglaterra. Com a contradição entre surgir da simplicidade de três riffs, rebeldia social e atitude faça-você-mesmo e ser lapidado nos mofados escritórios de estúdios musicais, o ritmo deixou marcas profundas na música mundial com nomes como Sex Pistols, Clash e Stooges.
Os anos oitenta viram o nascimento da MTV e uma mudança da preocupação com a parte musical para a parte comercial. Surgiram aqui nomes que discute-se a inclusão em nossa retrospectiva, como Tina Turner, Elton John, Michael Jackson (advindo dos primórdios roqueiros da Motown) e Madonna. A experiência também degringolou, tornando fácil salvar um som ruim com um bom produtor de vídeo.
A partir de meados da década começam a surgir novas bandas, desta vez fazendo o que se poderia tachar de "rock de verdade". Nomes como The Police, U2, Dire Straits e Aerosmith estouram nas paradas de todo o mundo.
Começa também a surgir a chamada nova onda do heavy metal inglês, bebendo direto nas protoexperiências de Black Sabbath, Led Zeppelin e Deep Purple, com sua temática por vezes lembrando filmes de terror, por vezes lembrando cavalarias medievais e sempre com legiões de seguidores fanáticos, de cabelos compridos e jaquetas remendadas com suas estampas. Nomes&qt& Iron Maiden, AC/DC e muitos outros que criaram uma linhagem que viria a desembocar em Sepultura, Korn e Queens of the Stone Age em nossos dias. E nojeiras como Napalm Death, Carcass, Defecation e Disharmonic Orchestra há dez anos.
Começam a pipocar mundo afora nomes que acabariam ecoando mais adiante, e é em meados da década de 90 que o impensável acontece. Grandemente influenciados por nomes do quilate do Sonic Youth e do Soundgarden, surge em Seattle uma banda que conseguiu juntar o desprendimento do rock alternativo com o sucesso comercial tão almejado pelos figurões da cena musical, o Nirvana. Capitaneado pelo falso messias Kurt Cobain, a partir do álbum Nevermind as portas se abririam para praticamente todos os nomes, bons e medíocres, que o gênero nos traz hoje.
13 de Julho
Um cara chamado Bob Geldof, vocalista da banda Boomtown Rats, organizou aquele que foi sem dúvida o maior show de rock da Terra, o Live Aid - uma perfeita combinação de artistas lendários da história da pop music e do rock mundial, e isso aconteceu no dia 13 de Julho de 1985.
Além de contar com nomes de peso da música internacional, o Live Aid tinha um teor mais elevado, que era a tentativa nobre de conseguir fundos para que a miséria e a fome na África pudessem ser pelo menos minimizadas. Dois shows foram realizados, sendo um no lendário Wembley Stadium de Londres (Inglaterra) e outro no não menos lendário JFK Stadium na Filadélfia (EUA).

21 comentários:
Noossa, você sabe tudo de tudo... rsrs
Gosto de rock, mas brasieliro...
Bom domingo
Topas uma troca de link com um blog que tem 7000 acessos únicos diários ?
www.perolaspoliticas.com
Olá denovo :)
passei aqui para lhe informa que eu tenho um presente para vc no meu blog.
B-jus
Déiaaaaaaaa
Adoro o rock e as melhores festas são de rock. Você já viu uma banda de forró lotar um estádio de futebol como os Beattles fizeram? E uma banda de pagode, normalmente tem mais integrantes na banda que gente para assistir.
Beijão.
ps.: Na lista de astros do Live Aid, o The Who aparece duas vezes :P
Déinha, tem presente pra vc lá em casa, vai pegar! Como sempre vc nos brinda não com um simples textos mas com um compendio! Eu adoro rock, mas hj mais o rock romantico. Eu amo as conções dos Beatles e dos Rolling Stones, do Pink Floyd, Whrite Snake, Deep Purple e Black Sabbhat (SERÁ QUE ALGUÉM AINDA SE LEMBRA DELES???)...E o Iron, que show de rock! E nossa brasileirissima Rita Lee e o Gun´s, aaaii são tantos... amo musica no geral...bem que vc poderia colocar aqui seu video predileto de rock! To curiosissima!
Agora que todo mundo já curtiu eu estou descobrindo o talento musical de Amy Winehouse.
Desculpa a falta de tempo, mas eu nunca me esqueço de vc. Grande beijo
Podemos ser sim!Eu já vou adicionar o seu banner lá no meu: www.eupodiatakibando.blogspot.com
Que belo post hein?!?
Esquecí completamente do dia do rock!
Mas deixa p/ o ano que vem! hehe...
Bjs
Excelente trabalho de pesquisa. Parabens.
Beijinhos
Muito bom o post, Andréia!
uhuuu yeah!
\o/\o/
beijos, bom começo de semana!
;*
O que seria do mundo sem o ROCK???
Rock é tudibom!
Comemorei o dia de ontem com um show do meu filho e da sua banda!
Bjo e otima semana!
Long live to Rock n´Roll
ouvi muito Ramones ontem
um Viva pro vovô mais simpático do mundo... Viva o vovô Rock ;)
Curto muito ainda o Rock, mas esse aí do post, porque os de hoje em dia não gosto muito não, depende da banda.
Vivi toda essa era e me faz lembrar minha juventude.
Brilhante homenagem Déia.
Beijos de boa semana e que Deus te abençoe!
Rô1
rock n eh o meu ritmo predileto
mas ouço, os antigos brasileiros
e uns poucos da modernidade.
brasileiros tb. sao poucos os internacionais.
^~
Eu até curto rock, ainda mais nacional e nem sabia da data ..
Gostei do post informativo ..
Abraço !!
Déia, parabéns pelo post, ficou muito bom!
Adoro Rock!!! \o/
Beijos
Eu tb sou saudosista, ainda mais em relação a música.
Gostei de tudo aqui. Vou te linkar, ok!? Passa lá em "casa", será bem-vinda.
Abraço,
Dani Peregrino
Andréia, tem um convite pra você lá no meu blog, responda se tiver a fim, okay??
beijos!
Um amigo teve a idéia, quer participar? É o seguinte:
Caso você vá para uma ilha deserta por algum motivo não explicado (LOST) srssrsr, porém é só você e mais ninguém, você tem o direito de levar: 5 discos, 5 filmes, 5 livros apenas para passar o tempo, quais escolheria? Lembre-se só 5 e nada mais, no caso dos discos não pode ser coletânea e se escolher tanto o grupo quanto o cantor, deve informar qual o disco, ex: Michael Jackson (Triller), e os livros o nome do escritor, depois escolha 5 pessoas para fazer o mesmo!!!
5 DISCOS
5 FILMES
5 LIVROS
5 Pessoas para participar
Viva....
otimo post...
Gi, Roma
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